Pacientes Limites: Dicas de leitura
Nas atividades que tivemos esse ano aqui nA Casa da Vida, um tema esteve muito presente: a clínica com pacientes limítrofes.
Compulsões, adições, depressões narcísicas, transtornos de identidade, atuações, vazio, tédio são todos sintomas que fazem parte da clínica contemporânea e nos desafiam a pensar qual o papel do psicanalista.
A clínica tradicional centrada na neurose não é suficiente, precisamos de atualização teórica e também, prática para pensar qual o nosso papel.
Por isso, selecionei três dicas de livros que estão comigo e fazem parte da bagagem no analista contemporâneo.
A personalidade normal e patológica – Jean Bergeret
Jean Bergeret foi um psiquiatra e psicanalista francês que escreveu por volta de 1970 sobre as organizações limítrofes. Uma forma de sofrer entre a neurose e psicose que estava cada vez mais presente na clínica contemporânea. O livro se propõe a ser um guia e organizar a compreensão das formas de sofrer.
Neurose e Não Neurose – Marion Minerbo
Marion é psicanalista e toma a diferenciação neurose e não neurose proposta por André Green para diferenciar as formas de sofrimento. As subjetividades predominantes não neuróticas tem uma sintomatologia diversa mas apresentam em comum, questões no eixo narcísico. São sofrimentos ligadas a falhas na constituição do Eu. O livro tem muitos exemplos clínicos, um presente para nós.
Manual da Prática em clínica em psicologia e psicopatologia- René Roussillon
René Roussillon é psicanalista francês e traz contribuições para pensar a prática clínica. Os pacientes limites convidam o psicanalista a repensar sua atuação. O que faz o psicanalista contemporâneo? Um livro necessário para aprendermos sobre o papel e o lugar da psicanálise hoje.
Espero que você goste das dicas. Seguimos estudando psicanálise!