Por que sentimos dores emocionais?

Por Letícia Sarto | Psicanalista

Bater o dedinho no pé da cama dói.

A gente descobre que ali tem um obstáculo, ou se obriga a prestar mais atenção naquele lugar.

Encostar nossa mão na panela quente queima, às vezes arde por horas.

A gente percebe que pode ser mais cuidadoso, ou que pode fazer as coisas em um ritmo mais lento.

Apesar de ter acontecido uma vez, ainda pode acontecer outras, por mera distração, paixão pela repetição ou tantas outras razões.

A dor tem sua função.

Parece óbvio pensar nisso quando se trata da dor física, porque ela nos protege.

Se não fosse essa proteção, talvez vivêssemos com os dedos dos pés quebrados, ou então com partes do corpo queimadas.

Mas isso não parece tão óbvio quando a dor é emocional.

Quando perdemos alguém querido, uma parte de nós morre e isso dói.

A separação nos dilacera.

Ir trabalhar em um lugar que não nos agrada pode nos adoecer.

Viver aprisionado em caixas para caber em valores distantes dos próprios pode ser esmagador.

Mas a gente insiste em negar o que sente e dizer que “tá tudo bem!”, mas às vezes, não está. É preciso aceitar e admitir isso!

Mesmo que você não saiba porque tem taquicardia pelas manhãs, ou porque seus olhos tremem ao longo do dia ou porque você perde o sono na maioria das noites ou então porque tem estado completamente sem ânimo… Seu corpo está lhe dizendo que há algo que precisa ser acolhido com atenção e cuidado.

É difícil e dói. Arrisco dizer que muito mais do que chutar o pé da cama.

Mas insistimos em esconder a dor ao invés de tentar ouvi-la.

Proponho que você possa acolher a sua dor para compreender o que acontece nas profundezas de si mesmo.

Se não for possível, procure um profissional para te auxiliar.

É possível viver uma vida autêntica com menos cobranças.

Se você quer cuidar dessa, dor, conte conosco, entrando em contato por aqui!