Será que você é dependente do seu relacionamento?
Por Letícia Sarto | Psicanalista
A gente se apaixona por uma pessoa, ou pelo menos achamos isso.
Segundo diversos autores, na realidade, nos apaixonamos pela idealização que fizemos dela. Quando nos damos conta, estamos envolvidos, aptos a formarmos ora laços, ora nós.
Laços!
Ah os laços! Facilmente feitos, desfeitos, refeitos…
Nós!
Ah… como são difíceis de desfazer…
Eu sei, muita gente que lê esse texto vai querer ser nó e não laço, mas proponho o contrário.
Uma vez ouvi que o mais desafiador não é entrar em uma relação, mas ter a liberdade de sair. Entre amigos, pacientes e familiares tem sempre alguém enroscado em uma relação difícil, preso ou dependente dela.
É importante dizer que a dependência emocional esconde uma grande necessidade de validação, por isso, a pessoa faz de tudo para se encaixar nos ideais do outro, invalidando a si mesmo para agradar, o que pode custar a sua própria individualidade.
Fique atento se…
– Todo seu tempo livre é direcionado para estar com seu par;
– Toda sua agenda é baseada nos compromissos de seu par para que vocês possam passar mais tempos juntos;
– Você não realiza atividades que lhe dê prazer sozinha(o).
– Quando você sai, a sua preocupação é sempre direcionada ao bem-estar do seu par e acha desnecessário fazer novas interações;
– Seu melhor amigo ou amiga é o seu próprio par amoroso e não há mais alguém com quem você possa ou queira conversar;
– Os amigos são todos em comum;
– Você apenas sai com o seu par amoroso e não tem o desejo de interagir com outras pessoas;
– Se posicionar é difícil porque você tem medo de desagradar;
– Seu relacionamento te apequena e atrapalha o seu crescimento pessoal e profissional;
– Fazer escolhas sozinha(o), sem consultar seu par amoroso for muito difícil;
– Há uma insegurança constante de ser abandonada(o).
As razões são diversas, mas qual a saída para esse ciclo de dependência?
É muito importante que a pessoa possa nutrir interesses diversos, como um hobby só seu, um projeto novo focado em sua profissão ou na sua vida pessoal, sair com amigos de um ciclo diferente ao pertencente ao casal, e claro, terapia, além disso, muitas vezes, é preciso considerar também o rompimento. Afinal, embora muitas relações se sustentem dessa forma, não há relação saudável sem liberdade, individualidade e respeito.
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